Ó asas dos meus
sonhos
(Poemas acerca
de tudo)
Povoais os meu
sonhos noite a noite
adormecendo agarradas
nos meus sonos,
ó asas de todos
os ventos que eu conheço,
que daqui me
arrastais, da terra ao céu,
e do céu ao
infinito do tudo em mim,
já fora do longe
do meu próprio infinito.
Arrastai-me ó
asas, sem destino, como um louco
na loucura das
viajadas sombras siderais,
e envolvei-me
todo de longínqua negrura iluminada
como um menino cósmico
apontando da Terra uma estrela,
a mais viva e
trémula de todas as estrelas
que, encravada
na noite e na distância ou, talvez,
na ponta do seu
próprio dedo de criança
me leve para me
trazer de novo dos meus sonhos.
Os sonhos, ó
asas, que me povoais, noite a noite.
AntónioFMartins
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