quarta-feira, 27 de julho de 2016

Anjas - Poema XII

Aqui vos deixo o último dos doze poemas que escrevi para doze das dezenas de desenhos da colecção “Anjas”, do escultor Francisco Simões, a quem agradeço a rara humildade, a preciosa amizade e a confiança intelectual de me deixar “poemar” livremente sobre esta sua soberba obra que tanto me deslumbrou e me apaixonou. 


Tentei ao transe não desiludir o Francisco nem trair a sua obra. 
E, afastando as falsas, irritantes e habituais "modestiazinhas", acho, francamente (em causa própria, claro...) que o consegui.


Que, para além do inquestionável valor intrínseco dos desenhos, vos tenha dado tanto prazer ler os poemas como a mim me deu escrevê-los.


Para ti, Francisco, um  abraço grande e grato, do fundo do fundo da minha alma. Foi um grande privilégio e uma a enormíssima honra fazer esta parceria contigo!

António 

domingo, 24 de julho de 2016

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Começo - Poemas do mar

Começo
(Poemas do mar)


Eu não nasci dum pai
nem homem algum
aqui me fez.
Que eu não nasci
como se nasce,
do ventre
de qualquer mãe.
Nasci da terra toda
deste chão
e sou feito do sal
todo que o mar tem.


António F. Martins




sexta-feira, 1 de julho de 2016

Na tua madrugada

(No dia de aniversário de Salgueiro Maia. Curvo-me perante a sua memória)



Na tua madrugada


Tu foste
naquela madrugada
a pátria inteira
e um sonho antigo
a renascer em ti.
Um homem e a coragem
para sempre abraçados
num largo de Lisboa
e os cravos todos de Abril
nascendo-te da alma
e desabrochando,
viçosos e firmes
no teu peito.

Tu foste
naquela madrugada
a pátria inteira.

Na tua madrugada.


António F. Martins