Abraço. Como se
o poema fora teu
Ao meu
queridíssimo filho Ivo que assim se fotografou
(Poemas acerca de
tudo)
Por entre simétricas
sombras
de metal, plenas
de nada e de tudo,
é tudo e sou
tudo aqui, neste lugar.
E então eu,
atrás de mim próprio
ou, quem sabe,
atrás de mim à minha frente,
como que me
escondo visível,
na escuridão
brilhante da minha face
fechada em mim,
sobre mim mesmo
e, semicerrando
os olhos
envolvo-me num
abraço apertado
como quem, entre
braços,
nos meus braços
marcados pelos sinais
— marcas das
paixões que só eu sei —
das grades, da
luz e das sombras
se confunde e se
liberta em mim
AntónioFMartins
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