O cuco
(Poemas acerca
de tudo)
Como um cuco
dou por mim
sentado nos
ponteiros
do relógio
caindo do doze
para o um
e do um para o
dois
e para o três e
o quatro
e o cinco e o
seis
seguindo,
seguindo
de volta
completa
em volta
completa
no círculo
fechado
do meu próprio relógio.
E então, de novo
no doze,
agora no doze
completo,
no doze que é
sempre o final
das horas todas
do ano,
das horas
derradeiras
do dia
derradeiro,
como cuco, cumpro
o meu papel
e vou-e-venho e
venho-e-vou,
saindo e
entrando
de um ano para o
outro
sem dizer cu-cu,
cu-cu,
mas desta vez
gritando:
Novo ano, novo
ano!
AntónioFMartins
01Janeiro2016
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