Era Abril em Abril
Em
Abril
e
em águas mil
eu
vi o Tejo
e
a gente
e
as ondas
e
a maré,
em
Abril
eu
vi o mar
de
gente
a
subir o Tejo
e
o delírio
e
o grito
e
a canção
na
Alegre praça
da
canção
e
nas praças todas
do
meu Tejo.
Em
Abril
eu
vi o mar
e
as ondas
e
uma onda
gigante
de
povo
e
o meu país todo
a
navegar.
Eu
vi no Tejo
as
Tejos novos
e
os rios todos
a
correrem
em
torrente
e
o meu povo
agitado.
Sem
margens,
sem
marés.
No
Tejo
eu
vi um povo
a
navegar
contra
as correntes.
Eu
vi um povo
a
libertar-se
das
correntes.
E
era Abril em Abril,
meu
amor.
Eu
vi.
António F. Martins
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