sábado, 14 de maio de 2016

Deixa-me no tempo


Deixa-me no tempo


Deixa-me partir agora, meu amor
e não me sigas, sequer com o olhar.
É o meu tempo o que procuro,
o meu tempo no longe da distância,
o tempo talvez perdido no próprio tempo da viagem.
É que eu não sei bem, meu amor, para onde vou,
aqui entre a terra, o céu e o mar,
nem sei sequer se de ti partindo
saberei chegar sozinho a algum lugar.

Deixa-me partir agora, meu amor.



António F. Martins


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