Da rua Augusta vejo o arco
(escrevendo e
desenhando por Lisboa)
Sem medo
do trânsito
automóvel
há muito
afastado
desta rua,
por aqui anda-se
e respira-se
melhor.
Gosto de olhar
cá bem do cimo
para o final da
rua
e, com a
perspectiva
afunilada,
lá no fundo
quase parecendo
a nascer do
Tejo,
ver o arco.
O triunfal arco.
Agora
descerei a rua
a olharei as
montras
uma a uma.
Sentirei por
certo
os odores do
Oriente
já tão
entranhados
na cidade
e a cidade toda
aqui,
exposta e
brilhante
e, aos mesmo
tempo
decadente,
atrás de cada
vidro.
Lá no fundo,
o Tejo,
sempre com
pressa
de correr para o
mar,
chama-me.
AntónioFMartins
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