terça-feira, 7 de julho de 2015

Da rua Augusta vejo o arco (escrevendo e desenhando por Lisboa)


Da rua Augusta vejo o arco
(escrevendo e desenhando por Lisboa)


Sem medo
do trânsito automóvel
há muito afastado
desta rua,
por aqui anda-se
e respira-se melhor.

Gosto de olhar
cá bem do cimo
para o final da rua
e, com a perspectiva
afunilada,
lá no fundo
quase parecendo
a nascer do Tejo,
ver o arco.

O triunfal arco.

Agora
descerei a rua
a olharei as montras
uma a uma.
Sentirei por certo
os odores do Oriente
já tão entranhados
na cidade
e a cidade toda aqui,
exposta e brilhante
e, aos mesmo tempo
decadente,
atrás de cada vidro.

Lá no fundo,
o Tejo,
sempre com pressa
de correr para o mar,
chama-me.


AntónioFMartins


Sem comentários: