quinta-feira, 9 de julho de 2015

Da Graça até à Baixa, o “28” (escrevendo e desenhando por Lisboa)


Da Graça até à Baixa, o “28”
(escrevendo e desenhando por Lisboa)


O 28”,
o “amarelo” da Carris
desce da Graça
e a graça
que é
vê-lo a correr
caçada abaixo
de viela em viela.
pelas Escolas gerais
até às portas do Sol
olhando já, daí,
Alfama e o Tejo
com Santa luzia
de Portas abertas
para o receber.

Acena do largo
aos telhados de Alfama
lá em baixo,
larga um suspiro
de amor pelo Tejo,
apanha um limão
no velho Limoeiro
que já não prende ninguém
e vai andando
até à Sé.
Benze-se,
dá um abraço
a Santo António
logo ao lado
e deixa para trás
as colinas,
descendo
prazenteiro
à Conceição,
até à Baixa.

É o “28” que aqui vai
e vai cada vez mais
cheirando a Tejo.


AntónioFMartins


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