quarta-feira, 24 de junho de 2015

Minha Mãe (Escrevendo acerca de tudo)

Minha Mãe
(Escrevendo acerca de tudo)


Mãe,
nunca apagues a luz
do meu quarto, nunca.
E, de mão dada,
sempre de mão dada,
nunca deixes que adormeça
sem que um beijo
de sereno enlevo, aconteça
e a minha noite então comece,
num sonho de ternura
e no teu coração se aconchegue.

Mãe,
nunca apagues a luz
do meu quarto, nunca.
Que eu quero ver-te, clara,
ao meu lado, de mão dada,
sempre de mão dada,
guardando-me do medo o sono,
acompanhando-me nos sonhos,
os sonhos, um a um
que eu gosto de sonhar contigo.
Contigo, minha Mãe.

Mãe,
nunca apagues a luz
do meu quarto, nunca.
Fica aqui, comigo
sempre aqui, eternamente
como eterno é o amor
que entre nós não terá fim.
Não te vás mãe,
nem apagues a luz
do meu quarto.
é aqui, junto de mim o teu lugar.

Mãe,
nunca apagues a luz
do meu quarto, nunca.
E, mesmo quando, como um anjo,
numa qualquer noite, de mansinho,
acontecer fechares, suavemente,
a porta do meu quarto,
sentir-te-ei de mão dada, como sempre
e para sempre, acesa nos meus olhos
permanecerá a luz da tua imagem
brilhando de ternura no meu quarto.
E tu és tão bonita minha Mãe.

Nunca apagarás a luz
do meu quarto, Mãe.
Eu sei.
Nunca.


AntónioFMartins

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