Sombras da
cidade
(Escrevendo e
desenhando pelo Porto)
De longe,
sobre os
desalinhados
telhados do
Porto,
desenho a Sé,
o Paço Episcopal
e a Igreja do
Grilo,
uma cidade
colorida de
cinzentos,
muitos cinzentos
feitos de pedra.
Cinzento pedra e
cor,
ora em agreste
claro-escuro,
ora em suaves
e diluídas
sombras.
É a terna poesia
das pedras,
firmes e
seculares
enfrentando
de pé o tempo
e a memória
da cidade.
Acabo o traço
lançado no
Canson,
guardo o meu
lápis
e abrigo-me
numa aguarela
de cinzentos
nas sombras
da cidade.
É o Porto, aqui.
AntónioFMartins
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