Um traço de
paixão
(Escrevendo e
desenhando pelo Porto)
Não tem pressa
o meu olhar
nem vagares
a minha mão,
e o lápis grosso
corre devagar
pelo papel.
É só um esboço,
que aqui não há
rigor
há só paixão,
e eu, por vezes,
gosto de
desenhar
assim as
cidades.
Só paixão.
Gosto de
desenhar
assim o Porto
e sabe-me bem,
às vezes,
trocar o rigor
pela paixão.
Vou acabar
o meu desenho.
Olho para cima
e só vejo céu
e pedra sobre
pedra,
igrejas,
telhados
e uma cidade
inteira
sobre um rio.
O Porto
parece que
flutua
e, sem qualquer
rigor
vai até à foz,
namora um pouco
com o mar
e logo volta.
Volta sempre
ao Douro.
É a paixão,
só a paixão.
AntónioFMartins
Igreja de Nossa Senhora da Vitória
e Mosteiro de São Bento da Vitória)
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