terça-feira, 30 de junho de 2015

Panteão. Panteonáveis (Escrevendo e desenhando por Lisboa)


Panteão, Panteonáveis
(Escrevendo e desenhando por Lisboa)


Quem quer, quem quer,
quem quer ir p’ró Panteão,
quem quer?

Muitas vezes penso,
ou seja:
às vezes penso
em quantos dos panteonados
que lá estão depositados
terão sido,
ou são realmente
panteonáveis.

Panteão rima
muitas vezes
com ocasião,
com confusão
que é o que se passa
quase sempre
nas cabeças
mal iluminadas
dos pantoneadores.

Eu passo à porta
e, às vezes,
tenho vertigens
e algum medo
de entrar.

Que venha a Sophia,
que venha a poesia inteira.

Alguém tem que merecer.


AntónioFMartins



3 comentários:

Unknown disse...

Excelente poema e belíssimo desenho.

Cristina Lebre disse...

Lindo poema, Antonio, parabéns, amando o seu blog, seguindo, abraços de poesia!

António F. Martins disse...

Muito obrigado, Cristina. Um abraço para si.