A Torre dos Clérigos
(Escrevendo e
desenhando pelo Porto)
Da Praça da
Batalha
até aqui
foi o “22” que
me trouxe,
por entre ruas e
gente,
por dentro da
cidade.
Até aqui.
Eu gosto de
viajar
de eléctrico,
ouvir o tom
plangente
do aço contra o
aço
dos carris
e de ver passar
pela minha
janela
uma cidade
inteira
que me acena.
Agora,
vou subir
a esta torre
de granítico
barroco
que, entre
fogaréus,
cornijas
e balaustradas
se ergue do
chão,
imponente
e majestosa
tal como uma
sequoia-gigante
por mão divina
ali há muito
plantada,
quase quase
a tocar o céu.
Não me vou daqui
sem ouvir,
lá de cima
os teu sinos.
O “22” esperará
por mim.
AntónioFMartins
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