Raízes
(Escrevendo e
desenhando por Lisboa)
Desço
os meus olhos
sobre o Tejo,
aqui
das Portas do
Sol
de Lisboa
e vejo,
telhado a
telhado
a minha Alfama.
Às vezes,
(quase sempre)
esqueço-me
que nasci aqui,
na rua do Barão,
encostadinho
à Sé Patriarcal
e que adormeci,
certamente,
tantas vezes
embalado
pelos doces
toques
dos seus sinos
altaneiros.
Vou descer
a São João da
Praça
e ali recordar
como menino
o lugar do meu
baptismo.
Sinto-me to
perto daqui
como se daqui
nunca tivesse
saído.
Pelo menos
a minha alma,
essa que aqui
de novo ouço,
talvez enterrada
nas pedras
polidas
das vielas.
Talvez enterrada
dentro de mim
próprio.
AntónioFMartins
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