Das Portas do Sol à outra margem
(Escrevendo e
desenhando por Lisboa)
Nem sempre o sol
aqui nos abre as
portas,
mas, aberta está
sempre
uma janela
debruçada
sobre Alfama, sobre
o rio
e até sobre a
alma da cidade,
que o mesmo é
dizer,
das gentes da cidade.
Eu gosto
de passear por
aqui, sereno,
de mão dada com
o meu amor
e, sentados num
banco
frente a frente
com a distância,
por cima da
paisagem
e dos telhados,
olhar o outro
lado
do Tejo.
Já não sai fumo
negro
das altas
chaminés do Barreiro
nem no Seixal
adivinho já
o bulício de
operários
trabalhando o
aço,
temperando a
vida.
Daqui, agora,
é só Alfama,
o Tejo
e a distância.
Muita distância.
Vamos ficar
sentados,
aqui,
meu amor.
AntónioFMartins
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