Cais da Ribeira
Nova
(Escrevendo e
desenhando por Lisboa)
Passo
pelo que resta
e recordo-me
da antiga nova
Ribeira.
Já nada lá está
do que
antigamente
era novo ou,
pelo menos,
os meus olhos
já só imaginam
que vêem um cais
alagado em
fragatas
e canoas e
arrais
e marinheiros
e peixeiras
e gente e gente,
muita gente
nas manhãs
em que os odores
são a peixe
e bagaço e cacau
ao mesmo tempo.
É a Ribeira,
a nova e a velha,
a nova e a velha,
é a gente de
Lisboa
à beira rio.
É sempre Lisboa,
é sempre o Tejo.
Venham os fregueses.
AntónioFMartins
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