sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Como gaivota (Escrevendo e desenhando por Lisboa)


Como gaivota
(Escrevendo e desenhando por Lisboa)


Como se fora
uma gaivota
em sereno voo
sobre o casario
e os desalinhados
telhados de Lisboa
estendo o meu olhar
pelo quase infinito
espaço aberto.

Daqui
até à outra margem
do meu Tejo.

E é então
que o meu olhar
se faz em asa
e o coração
se faz gaivota
libertada do meu peito
e eu vou.

Com a brisa quente
das tardes de verão
sobre Lisboa
e Alfama
e o Tejo.

Como se fora
uma gaivota.


AntónioFMartins


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