Do Rossio vejo o Carmo
(Escrevendo
e desenhando por Lisboa)
Do
Rossio
cá
em baixo
olho
onde se fez Abril.
O
Carmo lá está
sobre
a praça
de
todas as praças,
talvez
olhando
entre
o voar perdido
das
gaivotas
e
o alucinado movimento
das
gentes,
empinado
na pedra vertical,
um
D. Pedro IV
também
ele libertador.
E
aqui
eu
lembro de novo
o
Alegre e o Cília
e
canto em surdina
“Quando
desembarcarmos
no
Rossio canção,
vão
dizer
que
a rua não é um rio,
vão
apresar o teu navio,
carregado
de vento
carregado
de pão”.
Lá
em cima,
por
entre os telhados
de
Lisboa
é
o Carmo,
é
Abril e a liberdade.
Vamos,
meu amor
até
ao meio da praça.
AntónioFMartins
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