Deixa-me voar sobre ti
(Escrevendo e
desenhando pelo Porto)
De um beirado
qualquer,
aqui
num lugar onde
nem sei,
olho o doce
casario
e os telhados
cor de fogo
e preparo
o meu primeiro
voo da manhã.
E então,
qual Ícaro
deslumbrado,
partirei veloz,
voando ao
encontro do céu,
talvez do
infinito
sobre o Porto,
sobre os
telhados do Porto,
com o sol todo
preso às minhas
asas.
Voarei assim,
talvez até à foz
do Douro,
até à foz do meu
olhar,
ali onde se
acaba o Porto
e, profundo,
começa o mar.
Porém,
quero primeiro
que este sol
me deixe chegar
àquela torre
além.
É o encantamento
do lugar
que me sustem as
penas
e o voo.
Vou agora.
AntónioFMartins
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